26.9.07

Momentos de Génio:
"The Simpsons"


Tal como "Family Guy", também "The Simpsons" começa agora mais um ano de episódios. E se "Family Guy" estica bem a corda, como podem ver no post anterior, a malta de Springfield não lhe fica atrás: o genério, que raramente muda (pensando melhor, não sei se alguma vez mudou; lembro-me da música dos Sonic Youth a substituir Danny Elfman, mas era "apenas" isso), é uma brilhante paródia-citação à longa-metragem do Verão. No final, na cena do sofá, eis o mais fulgurante extra do filme a pôr um pézinho na série. Destaque ainda para a participação de Stephen Colbert.


25.9.07

Momentos de Génio:
"Family Guy"


Imperdível a entrada de "Family Guy" na sexta temporada com (mais uma) paródia ao "Star Wars". Delicioso e genial, e depois do arranque nos Emmys, "Family Guy" está mesmo a ganhar sólida antena para todo o sempre. (Mas não percam o "Frisky Dingo" também, ok?)


22.9.07

Emmy


Um dos momentos altos das cerimónias dos Emmys é - tão simplesmente - a apresentação dos nomeados dos writers dos programas de comédia. Durante a récita dos nomes dos nomeados, cada programa elabora os seus pequenos sketches. É nestes pequenos nadas que se percebe quem tem ideias para vender.


13.9.07

O Escolhido

Foi bom, não foi o melhor, mas foi mil vezes preferível às mulheres que andaram a apresentar os Oscars nos últimos anos. Não dá para esquecer as alfinetadas do Steve Martin, nem o humor perfeito para a ocasião de Billy Crystal. Pessoalmente, sou mais Colbert que Stewart, mas ainda assim não deixa de ser uma boa notícia, sobretudo quando as baixas audiências da transmissão de 2006 pareciam ditar a não recandidatura ao cargo de apresentador. A equipa Daily Show tem agora muitos bons meses para escrever tudo certinho. (Conan O'Brien terá que ficar para 2009.)

+ Info


Quis saber quem sou, o que faço aqui

Através do You Tube, RTP Memória e os "Tesourinhos Deprimentes" dos Gato Fedorento temos chegado a um universo distante da memória e da recordação. Aquele das primeiras aparições de algumas celebridades na televisão ou de quando eram meras figurantes, sujeitas às figuras mais tristes. São momentos que não nos fazem olhar para essas pessoas com novos olhos e, muito menos, recordá-las com alguma insatisfação. Bem pelo contrário, são segundos de grande humor, um refresh de momentos sensaborões do pequeno écrã. Há alguns anos atrás ficaríamo-nos pela piada de Miguel Ângelo sobre as botas. Hoje a gargalhada é definitivamente maior. Veremos com quem será o vídeo da semana daqui a dez anos:


Déjà Vú:
"Team America"

Ver uma foto deste senhor ditador, como esta abaixo, só pode fazer sorrir e ter dado nisto.


11.9.07

"Tell Me You Love Me"

O grande choque deste primeiro episódio de "Tell Me You Love Me") é a aparição de testículos numa cena de sexo. A hora é mais que inapropriada (21h), mas a HBO está no cabo a salvo dessas censuras e dos apitos para as palavras menos familiares. Se a crueza das imagens é a primeira mostra da seriedade desta nova série americana, os primeiros minutos são igualmente esclarecedores: estamos numa série adulta, frontal, sobre relações, num instante em que a falta de comunicação e compatibilidade destronam a emoção. Ou seja, alguns estafados clichés modernos em que a ficção televisiva (e cinematográfica) mergulha hoje em dia sempre que se distancia das artimanhas 'cómicas' que sufocam séries como "Six Degrees" ou "Big Love", por exemplo, e faz com que "What about Brian" ("Amigos de Brian") pareça um spinoff pós-teenager dos "Morangos com Açúcar". "Tell Me You Love Me" conta a história de 3 jovens casais, com uma psicóloga comum a ser o ponto central unificador do enredo. Por agora, é tudo demasiado explícito e fresco para dar pontos positivos ou negativos, mas talvez prometa acompanhamento regular.

ADENDA: Alguns emails alertaram-me para a cena da masturbação (dela a ele). Sim, é mais forte e explícito que a masturbação dele ou o sexo quase realista dos casais, mas nem quis desvendar a "surpresa" nem quero, por enquanto, olhar para esta série como um desfile ousado de sexo. A discussão abrir-se-á pela necessidade em mostrar tanta pele e tanto sexo, por isso deverá ser interessante acompanhar a polémica.


Herman's sick

Vivemos na ditadura do share e do rating. São eles que mandam na programação e não os directores de programas. Cada vez tenho mais saudades do HermanSIC. Tivesse eu uma varinha de condão, e não teria a mínima dúvida em recuperá-lo. Num auditório com publico vindo de todo o País, com a orquestra do Pedro Duarte alargada, com muitos e cuidados momentos de humor (como nos tempos do Nelo e do CREDO) montados no renovado elenco do Hora H… Pode ser que se o talk show do Malato se revelar um êxito na RTP, a SIC opte por recuperar um formato que pode não ser líder de audiências (nada combate as novelas da TVI hoje em dia) mas traz uma imensa mais valia artística ao canal.
HERMAN JOSÉ in
http://hermanjose.blogs.sapo.pt/151484.html

Herman José já percebeu há muito do dano que "Hora H" provocou na sua autoestima e na imagem de humorista de referência que, apesar da semi-aposentadoria, ainda ostentava. O sharing e, sejamos claros, a desmesurada ambição (duração, formato, humor) do programa foram afundando tudo ("Hora H" e SIC) e todos (elenco, escritores e Penim) programa após programa. Esta resposta do Herman a um fã exibe um desejo terrível de voltar ao seguro pântano do passado, mais concretamente ao "Herman SIC", e faz-me lembrar um episódio do "Extras" da segunda temporada onde Millman confrontado com o vexame que Bowie lhe inflingiu num clube nocturno VIP faz com que regresse a um pub normalíssimo onde era adorado por geeks das pior espécie. Herman prefere deste modo o conforto seguro (seria?) do pouco que tinha, tal é a incapacidade de se renovar diante dos nossos olhos. Aos poucos reconhece a derrota, pois assim confessa que o formato não o agrada - porque apenas não tem audiências? Envelhecer artisticamente tornou-se uma realidade tão cinzenta quanto porventura era o seu cabelo antes do ataque platinado.

9.9.07

Black Dice - "Load Blown"

Mais cedo ou mais tarde tinha de acontecer. Os Black Dice saíram da DFA/EMI para voltarem a um circuito de editoras independentes, depois de terem sido um dos nomes fortes na editora de James Murphy, num já longíquo início de século. A escolhida é a Paw Tracks, associada aos Animal Collective, que edita Panda Bear, Ariel Pink e First Nation. "Load Blown" tem sido revelado aos poucos durante o último ano. Primeiro com o maxi "Manoman" em Outono passado, mais recentemente com "Roll Up" e em Outubro, data de lançamento do longa duração, sairá outro com os restantes temas, todos acompanhados por posters que evocam o imaginário da banda nova iorquina. É o álbum mais irracional e inclassificável dos Black Dice. O techno de "Broken Ear Record" deu lugar a uma fusão mais visível com o dub, reggae e house. Enquanto no anterior tudo seguia dentro de uma lógica cheia de (boa) previsibilidade, em "Load Blown" as composições parecem destruídas por dentro, como peças à procura do seu lugar no puzzle. A música constrói-se, mais do que nunca, por um rock irracional que poderia ser o futuro ou uma pista de dança à margem de todas as pistas de dança. Rock que dança sobre si mesmo e rock que se procura e encontra numa abstracção que não fazia tanto sentido desde "Miles Of Smiles".


3.9.07

Londres

Ou se está no centro de tudo, ou apenas podemos apanhar o que nos dão. A revista Wire, que já fez um dia a sua festa no Porto, comemora os 25 anos de edições com um pequeno grupo de concertos em Londres que mostra bem o seu ouvido ecléctico. Poder usufruir e gostar de música assim não está ao alcance de todos, mas deveria estar ao alcance de todos. Destaque ainda para um dos concertos estar associado ao Atlantic Waves, um festival programado pelo braço inglês da Gulbenkian (curioso como os nomes estrangeiros estão já confirmados, mas os "tais" portugueses ainda não...) e por nenhum dos concertos começar depois das 8 da noite.

BOREDOMS present VOOREDOMS in-the-round + MICHAEL GIRA
Assembly Hall, Shoreditch Town Hall, 380 Old Street, EC1
Friday 26 October

SOFT PINK TRUTH + STRATEGY + REANIMATOR + SOUL JAZZ DJs
The Rocket, 166-220 Holloway Road, N7
Saturday 27 October

MATMOS + support TBA
Bush Hall, 310 Uxbridge Road, W12
Sunday 28 Octobet

CINEMA FOR THE EYES AND EARS
Experimental film programme curated by Mark Webber
Roxy Bar & Screen, 128-132 Borough High Street, SE1
Tuesday 30 October

LYDIA LUNCH: AN EVENING AT THE HANGOVER HOTEL (performance and film screenings)
St Giles-in-the-Fields, 60 St Giles High Street, WC2
Thursday 1 November

CHARLES LINEHAN DANCE COMPANY with HARLASSEN + JOHN WALL & L GAMBLE + more TBA
Council Chamber, Finsbury Town Hall, Rosebery Avenue, EC1
Saturday 3 November

TONES OF FINLAND: PYMATHON + TOMUTONTTU (JAN ANDERZEN) + LAU NAU
In association with NO.SIGNAL
Bush Hall, 310 Uxbridge Road, W12
Sunday 4 November

SAVAGE PENCIL EXHIBITION: DRAWINGS, CARTOONS, ILLUSTRATIONS
In association with 96 GILLESPIE
96 Gillespie Gallery, 96 Gillespie Road, N5
Thursday 8 to Thursday 22 November

ATLANTIC WAVES: TERRE THAEMLITZ + ERIKM + ANTHONY PATERAS + TIM HECKER + AKI ONDA + TINA FRANK + more
In association with ATLANTIC WAVES, London International Festival Of Exploratory Music
ICA (Institute of Contemporary Arts), The Mall, SW1
Friday 9 to Sunday 11 November

SUNNY MURRAY + JOHN TCHICAI + HAN BENNINK with SPRING HEEL JACK + JOHN EDWARDS + ORPHY ROBINSON
Conway Hall, 25 Red Lion Square, WC1
Monday 12 November

THE SECRET APOCALYPTIC LOVE DIARIES (dir Enid Baxter Blader, 2007) + FOGGY MOUNTAINS BREAKDOWN MORE THAN NON-FOGGY MOUNTAINS (dir Jessie Stead, 2006)
Film screenings curated by Mark Webber
Roxy Bar & Screen, 128-132 Borough High Street, SE1
Tuesday 13 November

METADUB SPECIAL: KODE9 & SPACEAPE + THE BUG & MCs + SKULL DISCO (SHACKLETON LIVE + APPLEBLIM DJ SET)
Plastic People, 147-149 Curtain Road, EC2
Thursday 15 November

RAFAEL TORAL’S SPACE PROJECT with ROGER TURNER + TRAPIST + GARY SMITH & BERNHARD GÜNTER
In association with NO.SIGNAL
Bush Hall, 310 Uxbridge Road, W12
Saturday 17 November

JACKIE-O MOTHERF***ER + POLLY SHANG KUAN BAND + HEX OUT TAPES + AXOLOTL + more TBA
In association with UPSET THE RHYTHM
Cargo, 83 Rivington Street, Kingsland Viaduct, EC2
Sunday 18 November

TIGHT MEAT with SONNY SIMMONS + JOOKLO DUO
Red Rose, 129 Seven Sisters Road, N7
Monday 19 November, 8pm, £8

BOGMAN PALMJAGUAR (dir Luke Fowler, 2007) + A BALLAD WITH GENESIS P-ORRIDGE AND LADY JAYE (dir Marie Losier, 2007)
Film screenings curated by Mark Webber
Roxy Bar & Screen, 128-132 Borough High Street, SE1
Tuesday 20 November

CHRISTIAN MARCLAY: SCREENPLAY (performance and film screening)
Bush Hall, 310 Uxbridge Road, W12
Thursday 22 November


O Natal está à porta: Dica 4 = $19.77

Book Description: No Wave traces the history of this influential genre from its most famous names down to its many offshoots and sidetracks. From early pioneers like Suicide and Glenn Branca, to forgotten treasures like Red Transistor and Bush Tetras, No Wave charts all the cracks and crevices of a surprisingly diverse movement.
Flashing through the New York underground in the late 1970s, No Wave was the ultimate anti-movement. Its bands consisted of artists and poets untrained in music, looking to explode rock and disappear before the smoke cleared. The primary perpetrators - Lydia Lunch's howling Teenage Jesus and the Jerks, James Chance's skeletal Contortions, the dark-noise groups Mars and DNA - all drew on primitivism, performance art, and the avant-garde. They were best known for short songs and even shorter life-spans. The book also delves into No Wave cinema, a vibrant underground scene where figures like Jim Jarmusch, Nick Zedd, and Steve Buscemi first cut their teeth.
Illustrated with concert photos, record covers, and other ephemera of the times, and filled with quotes from those who were there, No Wave is the definitive guide to a genre whose sounds and ideas still vibrate through alternative culture today.

"The Brothers Solomon"


Mais um Arrested Development à solta este Verão: Will Arnet é um dos irmãos que tem que procriar para dar um filho ao seu moribundo pai. O outro irmão, entregue à mesma cruzada, é Will Forte, um ex-SNL que aqui também se dedicou a escrever o argumento. Estreia esta semana, nos Estados Unidos e é realizado por Bob Odenkirk, um antigo writer do Ben Stiller Show, do Conan O'Brien e do Mr Show (onde faz duo com David Cross) - tudo coisas que aumentam ainda mais a curiosidade.

Momentos de Génio:
David Letterman



Há momentos que valem pelo todo, e ver a senadora Hillary Clinton a alinhar na brincadeira de Letterman é concerteza um deles. Já tinha mostrado muito humor num clip de promoção da sua campanha que envergonharia bons humoristas em Portugal, e agora com o Letterman alinhou na célebre paródia do top10. Pode haver muita escrita e reuniões nos bastidores, mas para quem vê isto é puro entertainment de qualidade. E isso é coisa que os americanos (todos?) sabem fazer como ninguém. Respect.


O Natal está à porta: Dica 3 = $19.99

Product Description
Old-school stop-motion animation and fast-paced satire are the hallmarks of this eclectic show created by Seth Green and Matt Senreich. Action figures find new life as players in frenetic sketch-comedy vignettes that skewer TV, movies, music and celebrity. It's television especially formulated for the Attention Deficit Disorder generation.
DVD Features:
Deleted Scenes
Gag Reel
Other:EPK Footage, Animation Meetings, On-Air Bumps, Video Blogs