26.9.07

Momentos de Génio:
"The Simpsons"


Tal como "Family Guy", também "The Simpsons" começa agora mais um ano de episódios. E se "Family Guy" estica bem a corda, como podem ver no post anterior, a malta de Springfield não lhe fica atrás: o genério, que raramente muda (pensando melhor, não sei se alguma vez mudou; lembro-me da música dos Sonic Youth a substituir Danny Elfman, mas era "apenas" isso), é uma brilhante paródia-citação à longa-metragem do Verão. No final, na cena do sofá, eis o mais fulgurante extra do filme a pôr um pézinho na série. Destaque ainda para a participação de Stephen Colbert.


25.9.07

Momentos de Génio:
"Family Guy"


Imperdível a entrada de "Family Guy" na sexta temporada com (mais uma) paródia ao "Star Wars". Delicioso e genial, e depois do arranque nos Emmys, "Family Guy" está mesmo a ganhar sólida antena para todo o sempre. (Mas não percam o "Frisky Dingo" também, ok?)


22.9.07

Emmy


Um dos momentos altos das cerimónias dos Emmys é - tão simplesmente - a apresentação dos nomeados dos writers dos programas de comédia. Durante a récita dos nomes dos nomeados, cada programa elabora os seus pequenos sketches. É nestes pequenos nadas que se percebe quem tem ideias para vender.


13.9.07

O Escolhido

Foi bom, não foi o melhor, mas foi mil vezes preferível às mulheres que andaram a apresentar os Oscars nos últimos anos. Não dá para esquecer as alfinetadas do Steve Martin, nem o humor perfeito para a ocasião de Billy Crystal. Pessoalmente, sou mais Colbert que Stewart, mas ainda assim não deixa de ser uma boa notícia, sobretudo quando as baixas audiências da transmissão de 2006 pareciam ditar a não recandidatura ao cargo de apresentador. A equipa Daily Show tem agora muitos bons meses para escrever tudo certinho. (Conan O'Brien terá que ficar para 2009.)

+ Info


Quis saber quem sou, o que faço aqui

Através do You Tube, RTP Memória e os "Tesourinhos Deprimentes" dos Gato Fedorento temos chegado a um universo distante da memória e da recordação. Aquele das primeiras aparições de algumas celebridades na televisão ou de quando eram meras figurantes, sujeitas às figuras mais tristes. São momentos que não nos fazem olhar para essas pessoas com novos olhos e, muito menos, recordá-las com alguma insatisfação. Bem pelo contrário, são segundos de grande humor, um refresh de momentos sensaborões do pequeno écrã. Há alguns anos atrás ficaríamo-nos pela piada de Miguel Ângelo sobre as botas. Hoje a gargalhada é definitivamente maior. Veremos com quem será o vídeo da semana daqui a dez anos:


Déjà Vú:
"Team America"

Ver uma foto deste senhor ditador, como esta abaixo, só pode fazer sorrir e ter dado nisto.


11.9.07

"Tell Me You Love Me"

O grande choque deste primeiro episódio de "Tell Me You Love Me") é a aparição de testículos numa cena de sexo. A hora é mais que inapropriada (21h), mas a HBO está no cabo a salvo dessas censuras e dos apitos para as palavras menos familiares. Se a crueza das imagens é a primeira mostra da seriedade desta nova série americana, os primeiros minutos são igualmente esclarecedores: estamos numa série adulta, frontal, sobre relações, num instante em que a falta de comunicação e compatibilidade destronam a emoção. Ou seja, alguns estafados clichés modernos em que a ficção televisiva (e cinematográfica) mergulha hoje em dia sempre que se distancia das artimanhas 'cómicas' que sufocam séries como "Six Degrees" ou "Big Love", por exemplo, e faz com que "What about Brian" ("Amigos de Brian") pareça um spinoff pós-teenager dos "Morangos com Açúcar". "Tell Me You Love Me" conta a história de 3 jovens casais, com uma psicóloga comum a ser o ponto central unificador do enredo. Por agora, é tudo demasiado explícito e fresco para dar pontos positivos ou negativos, mas talvez prometa acompanhamento regular.

ADENDA: Alguns emails alertaram-me para a cena da masturbação (dela a ele). Sim, é mais forte e explícito que a masturbação dele ou o sexo quase realista dos casais, mas nem quis desvendar a "surpresa" nem quero, por enquanto, olhar para esta série como um desfile ousado de sexo. A discussão abrir-se-á pela necessidade em mostrar tanta pele e tanto sexo, por isso deverá ser interessante acompanhar a polémica.


Herman's sick

Vivemos na ditadura do share e do rating. São eles que mandam na programação e não os directores de programas. Cada vez tenho mais saudades do HermanSIC. Tivesse eu uma varinha de condão, e não teria a mínima dúvida em recuperá-lo. Num auditório com publico vindo de todo o País, com a orquestra do Pedro Duarte alargada, com muitos e cuidados momentos de humor (como nos tempos do Nelo e do CREDO) montados no renovado elenco do Hora H… Pode ser que se o talk show do Malato se revelar um êxito na RTP, a SIC opte por recuperar um formato que pode não ser líder de audiências (nada combate as novelas da TVI hoje em dia) mas traz uma imensa mais valia artística ao canal.
HERMAN JOSÉ in
http://hermanjose.blogs.sapo.pt/151484.html

Herman José já percebeu há muito do dano que "Hora H" provocou na sua autoestima e na imagem de humorista de referência que, apesar da semi-aposentadoria, ainda ostentava. O sharing e, sejamos claros, a desmesurada ambição (duração, formato, humor) do programa foram afundando tudo ("Hora H" e SIC) e todos (elenco, escritores e Penim) programa após programa. Esta resposta do Herman a um fã exibe um desejo terrível de voltar ao seguro pântano do passado, mais concretamente ao "Herman SIC", e faz-me lembrar um episódio do "Extras" da segunda temporada onde Millman confrontado com o vexame que Bowie lhe inflingiu num clube nocturno VIP faz com que regresse a um pub normalíssimo onde era adorado por geeks das pior espécie. Herman prefere deste modo o conforto seguro (seria?) do pouco que tinha, tal é a incapacidade de se renovar diante dos nossos olhos. Aos poucos reconhece a derrota, pois assim confessa que o formato não o agrada - porque apenas não tem audiências? Envelhecer artisticamente tornou-se uma realidade tão cinzenta quanto porventura era o seu cabelo antes do ataque platinado.

9.9.07

Black Dice - "Load Blown"

Mais cedo ou mais tarde tinha de acontecer. Os Black Dice saíram da DFA/EMI para voltarem a um circuito de editoras independentes, depois de terem sido um dos nomes fortes na editora de James Murphy, num já longíquo início de século. A escolhida é a Paw Tracks, associada aos Animal Collective, que edita Panda Bear, Ariel Pink e First Nation. "Load Blown" tem sido revelado aos poucos durante o último ano. Primeiro com o maxi "Manoman" em Outono passado, mais recentemente com "Roll Up" e em Outubro, data de lançamento do longa duração, sairá outro com os restantes temas, todos acompanhados por posters que evocam o imaginário da banda nova iorquina. É o álbum mais irracional e inclassificável dos Black Dice. O techno de "Broken Ear Record" deu lugar a uma fusão mais visível com o dub, reggae e house. Enquanto no anterior tudo seguia dentro de uma lógica cheia de (boa) previsibilidade, em "Load Blown" as composições parecem destruídas por dentro, como peças à procura do seu lugar no puzzle. A música constrói-se, mais do que nunca, por um rock irracional que poderia ser o futuro ou uma pista de dança à margem de todas as pistas de dança. Rock que dança sobre si mesmo e rock que se procura e encontra numa abstracção que não fazia tanto sentido desde "Miles Of Smiles".


3.9.07

Londres

Ou se está no centro de tudo, ou apenas podemos apanhar o que nos dão. A revista Wire, que já fez um dia a sua festa no Porto, comemora os 25 anos de edições com um pequeno grupo de concertos em Londres que mostra bem o seu ouvido ecléctico. Poder usufruir e gostar de música assim não está ao alcance de todos, mas deveria estar ao alcance de todos. Destaque ainda para um dos concertos estar associado ao Atlantic Waves, um festival programado pelo braço inglês da Gulbenkian (curioso como os nomes estrangeiros estão já confirmados, mas os "tais" portugueses ainda não...) e por nenhum dos concertos começar depois das 8 da noite.

BOREDOMS present VOOREDOMS in-the-round + MICHAEL GIRA
Assembly Hall, Shoreditch Town Hall, 380 Old Street, EC1
Friday 26 October

SOFT PINK TRUTH + STRATEGY + REANIMATOR + SOUL JAZZ DJs
The Rocket, 166-220 Holloway Road, N7
Saturday 27 October

MATMOS + support TBA
Bush Hall, 310 Uxbridge Road, W12
Sunday 28 Octobet

CINEMA FOR THE EYES AND EARS
Experimental film programme curated by Mark Webber
Roxy Bar & Screen, 128-132 Borough High Street, SE1
Tuesday 30 October

LYDIA LUNCH: AN EVENING AT THE HANGOVER HOTEL (performance and film screenings)
St Giles-in-the-Fields, 60 St Giles High Street, WC2
Thursday 1 November

CHARLES LINEHAN DANCE COMPANY with HARLASSEN + JOHN WALL & L GAMBLE + more TBA
Council Chamber, Finsbury Town Hall, Rosebery Avenue, EC1
Saturday 3 November

TONES OF FINLAND: PYMATHON + TOMUTONTTU (JAN ANDERZEN) + LAU NAU
In association with NO.SIGNAL
Bush Hall, 310 Uxbridge Road, W12
Sunday 4 November

SAVAGE PENCIL EXHIBITION: DRAWINGS, CARTOONS, ILLUSTRATIONS
In association with 96 GILLESPIE
96 Gillespie Gallery, 96 Gillespie Road, N5
Thursday 8 to Thursday 22 November

ATLANTIC WAVES: TERRE THAEMLITZ + ERIKM + ANTHONY PATERAS + TIM HECKER + AKI ONDA + TINA FRANK + more
In association with ATLANTIC WAVES, London International Festival Of Exploratory Music
ICA (Institute of Contemporary Arts), The Mall, SW1
Friday 9 to Sunday 11 November

SUNNY MURRAY + JOHN TCHICAI + HAN BENNINK with SPRING HEEL JACK + JOHN EDWARDS + ORPHY ROBINSON
Conway Hall, 25 Red Lion Square, WC1
Monday 12 November

THE SECRET APOCALYPTIC LOVE DIARIES (dir Enid Baxter Blader, 2007) + FOGGY MOUNTAINS BREAKDOWN MORE THAN NON-FOGGY MOUNTAINS (dir Jessie Stead, 2006)
Film screenings curated by Mark Webber
Roxy Bar & Screen, 128-132 Borough High Street, SE1
Tuesday 13 November

METADUB SPECIAL: KODE9 & SPACEAPE + THE BUG & MCs + SKULL DISCO (SHACKLETON LIVE + APPLEBLIM DJ SET)
Plastic People, 147-149 Curtain Road, EC2
Thursday 15 November

RAFAEL TORAL’S SPACE PROJECT with ROGER TURNER + TRAPIST + GARY SMITH & BERNHARD GÜNTER
In association with NO.SIGNAL
Bush Hall, 310 Uxbridge Road, W12
Saturday 17 November

JACKIE-O MOTHERF***ER + POLLY SHANG KUAN BAND + HEX OUT TAPES + AXOLOTL + more TBA
In association with UPSET THE RHYTHM
Cargo, 83 Rivington Street, Kingsland Viaduct, EC2
Sunday 18 November

TIGHT MEAT with SONNY SIMMONS + JOOKLO DUO
Red Rose, 129 Seven Sisters Road, N7
Monday 19 November, 8pm, £8

BOGMAN PALMJAGUAR (dir Luke Fowler, 2007) + A BALLAD WITH GENESIS P-ORRIDGE AND LADY JAYE (dir Marie Losier, 2007)
Film screenings curated by Mark Webber
Roxy Bar & Screen, 128-132 Borough High Street, SE1
Tuesday 20 November

CHRISTIAN MARCLAY: SCREENPLAY (performance and film screening)
Bush Hall, 310 Uxbridge Road, W12
Thursday 22 November


O Natal está à porta: Dica 4 = $19.77

Book Description: No Wave traces the history of this influential genre from its most famous names down to its many offshoots and sidetracks. From early pioneers like Suicide and Glenn Branca, to forgotten treasures like Red Transistor and Bush Tetras, No Wave charts all the cracks and crevices of a surprisingly diverse movement.
Flashing through the New York underground in the late 1970s, No Wave was the ultimate anti-movement. Its bands consisted of artists and poets untrained in music, looking to explode rock and disappear before the smoke cleared. The primary perpetrators - Lydia Lunch's howling Teenage Jesus and the Jerks, James Chance's skeletal Contortions, the dark-noise groups Mars and DNA - all drew on primitivism, performance art, and the avant-garde. They were best known for short songs and even shorter life-spans. The book also delves into No Wave cinema, a vibrant underground scene where figures like Jim Jarmusch, Nick Zedd, and Steve Buscemi first cut their teeth.
Illustrated with concert photos, record covers, and other ephemera of the times, and filled with quotes from those who were there, No Wave is the definitive guide to a genre whose sounds and ideas still vibrate through alternative culture today.

"The Brothers Solomon"


Mais um Arrested Development à solta este Verão: Will Arnet é um dos irmãos que tem que procriar para dar um filho ao seu moribundo pai. O outro irmão, entregue à mesma cruzada, é Will Forte, um ex-SNL que aqui também se dedicou a escrever o argumento. Estreia esta semana, nos Estados Unidos e é realizado por Bob Odenkirk, um antigo writer do Ben Stiller Show, do Conan O'Brien e do Mr Show (onde faz duo com David Cross) - tudo coisas que aumentam ainda mais a curiosidade.

Momentos de Génio:
David Letterman



Há momentos que valem pelo todo, e ver a senadora Hillary Clinton a alinhar na brincadeira de Letterman é concerteza um deles. Já tinha mostrado muito humor num clip de promoção da sua campanha que envergonharia bons humoristas em Portugal, e agora com o Letterman alinhou na célebre paródia do top10. Pode haver muita escrita e reuniões nos bastidores, mas para quem vê isto é puro entertainment de qualidade. E isso é coisa que os americanos (todos?) sabem fazer como ninguém. Respect.


O Natal está à porta: Dica 3 = $19.99

Product Description
Old-school stop-motion animation and fast-paced satire are the hallmarks of this eclectic show created by Seth Green and Matt Senreich. Action figures find new life as players in frenetic sketch-comedy vignettes that skewer TV, movies, music and celebrity. It's television especially formulated for the Attention Deficit Disorder generation.
DVD Features:
Deleted Scenes
Gag Reel
Other:EPK Footage, Animation Meetings, On-Air Bumps, Video Blogs


31.8.07

Das kleine Penguin Lamont


Sinceramente, já não sei o que diga. Recomeçou a segunda temporada de "Frisky Dingo" no recreio eterno que é a Adult Swim, e se não é o melhor episódio de sempre é porque as saudades deviam estar a atrofiar o juízo. Se não sabem ou não se recordam, o fim da primeira temporada deixou no ar uma mega explosão que, supostamente, matou tudo e todos e, quiçá, levou a Terra finalmente de encontro ao Sol. Errado: um maravilhoso, state-of-the-art, impossível de imaginar, lindo de morrer twist no enredo faz regressar todos de boa saúde e com Killface intrometido num novo desafio pela frente. Ah, e agora há um bebé pinguim, mas que precisarão de ver para perceber quanto queriducho é. Podemos todos rir e tirar o chapéu aos Simpsons e ao South Park e a mais uma mão cheia de animações fantásticas, mas, sejamos frontais: "Frisky Dingo" já é uma das mais alucinantes e perfeitas séries de animação de sempre. Tal como "Sealab 2021", dos mesmos Adam Reed e Matt Thompson - ler entrevista com ambos aqui -, já tinha sido uma série de animação imperdível. OBRA-PRIMA ABSOLUTA!

+ Site Oficial
+ Killface no MySpace


30.8.07

Misteen



O vídeo da resposta de uma candidata de South Carolina a Miss Teen USA é um dos virais do momento: um instante de sublime inversão onde a sua resposta a uma daquelas perguntas genéricas (aqui, sobre a falta de noção geográfica dos americanos) transcende todo o humor que se tem feito sobre estas coisas. A comédia passou então para outro escalão: gozar com a adolescente que ficará com este pedaço de currículo no ar para sempre. Ontem, no Conan O'Brien, ela foi a terceira resposta do "Celebrity Survey" do programa: uma pergunta "feita" a três celebridades com a última resposta sempre como punchline. Esta, até teve direito a duas imagens.


MOTELx


Nome feliz para o Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, que não parece de todo uma má ideia mas cujo o site, a uma semana do evento, ainda tem o aviso de "informação disponível brevemente" em tudo o que diz respeito a horários. Fora isso e não querendo parecer má pessoa ou o advogado do Diabo, porquê passar alguns mini-filmes da série "Masters Of Horror"?, coisinha recente e disponível para qualquer alma interessada no género. Bom nome, mas fala-se muito e continua-se a ver tudo em formato pequeno (e com isto não quero dizer que não vá ver uma coisa ou outra da restante programação, mas...).


Magik Markers


Após o hype underground - se tal coisa existe - e dezenas de edições fundamentando e recordando a (incrível) experiência ao vivo, os Magik Markers apresentam o primeiro álbum com cabeça, tronco e membros, ao fim de quase cinco anos. "Volodor Dance" (Latitudes, 2006) já mostrava alguns sinais de solidez e sobriedade em estúdio, algures entre a improvisação no rock e o ensaio de uma canção muito bem estruturada. O resultado era impressionante e não é exagero olhá-lo como um dos melhores álbuns rock - puro - dos últimos anos. Foi também o último álbum que contou com a participação da baixista Leah Quimby, supostamente por não aguentar a pressão da crítica focar muito o seu aspecto físico. "Boss", a sair em Setembro na Ecstatic Peace, é puro delírio no imaginário Markers. Elisa Ambrogio e Pete Nolan (baterista incrível, ver também o seu trabalho com os GHQ) dedicaram-se à canção pop-rock, lembrando Sonic Youth em modo Kim Gordon, Kills, White Stripes e Creedence Clearwater Revival. Canções anti-Markers, uma subversão interna e inteligente, pretensão (face à sua carreira) a banda conceptual para putos, ao estilo de Residents ou Negativland para um público mais adulto. Fechem os olhos à imprensa e ignorem a moda, porque este é o disco rock de 2007.



29.8.07

Momentos de Génio:
"It's Always Sunny In Philadelphia"

Danny DeVito & The Contract
Danny DeVito agrees to do a third season of "It's Always Sunny In Philadelphia"... on one condition.


Maçã Secreta

Para quem nunca viu, as sessões de apresentação da Apple são um deslumbre. Steve Jobs está normalmente sozinho em palco (mas também tem convidados, entre CEOs já houve Kanye West e U2), à frente de um grandé ecrã onde desliza a sua apresentação feita em Key Note. O que fica destas sessões é a simplicidade e o bom gosto de tudo - uma mera extensão exportável no modo como compramos e usamos a marca posteriormente -, como se o mais importante fosse o conteúdo e nunca a forma. Uma dos pontos altos destas palestras costumam ser as novidades, que todos esperam. Qual suspense esperado, Jobs vai largando pistas e depois esbofeteia os presentes com o novo computador, o novo software ou o novo iPod. Dentro de uma semana, em San Francisco, a Apple prepara mais um special event. Fala-se que será um novo iPod mas não há nenhum site ou blog que saiba mesmo que se vai passar. E era aqui que eu queria chegar: como é possível uma marca de tamanha implementação no mercado, que movimenta milhares de pessoas desde a concepção de um produto até à sua chegada à lojas, esconder uma novidade do público? Rigor empresarial ou fiel amor à camisola de todos os empregados Apple?



Amigos


Mais Simon Pegg para breve: "Run, Fat Boy, Run" tem data para Outubro, em Inglaterra e Estados Unidos, e duvido que apareça por cá na mesma altura. Hank Azaria será o sidekick de Pegg, num filme que, descobri agora, terá a estreia na realização de David Schwimmer (Ross Geller, em "Friends").




Format C:

A RTP2 está a despachar filmes portugueses no final da noite - em grupo dá mais nas vistas e ficam logo tratados. O mais curioso de tudo é o modo displicente com que o piquete nocturno trata a emissão: tanto o filme que agora está no ar - a "A Janela" (2001), de Edgar Pêra - como o de ontem, segunda-feira - "Daqui Pr'Á Alegria" (2004), de Jeanne Waltz -, tiveram uma boa parte do início sem as devidas correcções de formato. Gratuitamente, pude acompanhar "A Janela" em formato anamórfico até - quem terá telefonado para lá? - o senhor da régi ter acordado e carregado no botão certo. Porque, convenhamos, neste filme dá luta perceber qual o formato certo, certo?


26.8.07

"Hot Fuzz"

Desconheço a necessidade do distribuidor português colocar nas salas o filme de Edgar Wright (que também escreve o argumento, em parceria com Simon Pegg), quase 11 meses depois da estreia em Inglaterra, mas mais vale tarde que nunca, sobretudo porque sem a passagem pelo cinema os nomes não se constroem (se "Shaun Of The Dead" tivesse aparecido por Portugal haveria muitas mais pessoas a reconhecerem Simon Pegg agora, por exemplo). Diz-se que "Hot Fuzz" é para Novembro e parece que foi Nuno Markl que conseguiu o feito - como, não sei. Mas apetece-me pedir-lhe outros filmes para estrearem. (smiley face)



Momentos de Génio:
Stephen Colbert



Hello Nation! After weeks of extreme pain, Stephen Colbert's broken left wrist has healed! His short arm cast was removed live on the August 23 episode of "The Colbert Report", and in celebration, Stephen is auctioning off the cast for charity!

+ eBay


O Natal está à porta: Dica 2 = $27,99

Well it's about frickin' time. It's Always Sunny in Philadelphia is finally coming to DVD and the two-disc set will have every single minute of inappropriate humor from the first two seasons.

It'll be released on September 4th, right before the third season premieres. While hardcore fans like myself have taken advantage of the show being offered on iTunes, this still comes as great news. I think the one thing that bugs me is that it took this long.


+ Notícia


O Natal está à porta: Dica 1 = $283,95

"Seinfeld" is about to end its complete-season run on DVD. Season 9, a four-disc set with all 24 episodes from its final season, will be released November 6 by Sony Pictures Home Entertainment.

That same day, consumers will be able to buy an elaborate boxed set with all nine seasons. "Seinfeld: The Complete Series" weighs in at 32 discs and carries a suggested list price of $283.95. That buys consumers not just all 180 episodes but also a wealth of bonus features, both electronic and physical.

The highlight: a 226-page coffee-table book filled with photos, quotes, trivia and personal reflections from star Jerry Seinfeld.



"Anchorwoman" larga a âncora

Piada fácil no título porque a notícia é mesmo para rir. A Fox continua a matar séries ao mínimo sinal de enfraquecimento, e parece cada vez mais refém das audiências - sim, todas são, mas a Fox parece cega, surda e muda face a outra coisa para além do sucesso estatístico; foi assim com "Arrested Development", apenas para citar, novamente, o caso mais doloroso. O único lado bom é que nem sempre o público americano se engana. Esta série, em jeito de reality show, sentou Lauren Jones (cheerleader, modelo e pouco mais que isto) no lugar de pivot numa estação de televisão no Texas. Ninguém ligou ao caso e após o primeiro episódio... a série foi cancelada. Demasiado clínico e cínico para ser verdade. Este ano com "Studio 60" e muitas outras, as estações americanas deram poucas hipóteses ao falhanço e parece que agora não há mesmo duas hipóteses.

+ Notícia CNN
+ Notícia CNN (Vídeo)
+ Site Oficial


25.8.07

"Peacebone"


O vídeo para o primeiro single (o segundo é "Fireworks" e também já tem vídeo) a sair de "Strawberry Jam" dos Animal Collective já anda por aí e é um exercício bizarro a lembrar os tempos de "Sung Tongs", só que um orçamento maior, uma narrativa perceptível e referências a "ET", "Frankenstein", "Alien" e "Donnie Darko". "Peacebone" saiu em 10", 12" e CDS e tem como lado B o tema "Safer", fascinante épico, recordando "Visiting Friends", superior à maioria do novo longa duração, a sair no dia 11 de Setembro, para o qual já há sucessor, a julgar pelos vídeos retirados deste festival.




Robert Weide


"How To Lose Friends And Alienate People" está a ser rodado em Inglaterra e terá um cast principal interessante: Simon Pegg (cada vez mais relevante), Kirsten Dunst, Megan Fox, Jeff Bridges e Gillian Anderson. A maior atracção, contudo, é ter na cadeira de realização Robert Weide, um dos realizadores principais de "Curb Your Enthusiasm" de Larry David. A estreia será apenas para 2008, mas corre rumores que valerá a espera. Novos autores de comédia começam a aparecer, vindos, claro, da televisão.


Estreia: "Mr. Brooks"

Por cada pérola que se apanha no Verão, há sempre um tesouro maldito que se abre. "Mr. Brooks" não prometia nada, mas a falta de melhores oportunidades no cinema sentou-me à sua frente. Ainda tentei refugiar-me no William Hurt - que saudades de vê-lo num papel principal -, mas o seu papel é de tal modo impossível que não serviu. Depois, havia ainda Dane Cook, mas nunca consegui vê-lo para além da sua óptima pele de stand-up comedian na vida real. Restava-me Demi Moore e Kevin Costner, dois actores que não fazem parte da minha dieta. O resto foi um plot daqueles em que o nariz fica torcido de tanta desconfiança.


Indie

Ricardo Gross chamou bem a atenção para aquele que parece ser o único ponto de interesse para se ver Mysterious Skin, agora estreado depois de algum tempo na gaveta (pasme-se: é de 2004!). Não gosto de julgar os filmes pelos trailers - aliás, nem gosto muito de os ver antes dos filmes - mas o que a apresentação promete é a enésima história do jovem revoltado com tudo, desterrado na pequena cidade, lutando por esquecer o passado tortuoso, crescer e ser adulto à força. As imagens parecem decalcadas de todos os filmes (uns bons, outros maus) que têm povoado a cultura indie americana, desde que Sundance tomou conta do panorama alternativo. Talvez a música (Robin Guthrie e Harold Budd) seja uma boa desculpa para se ver "Mysterious Skin". E a Elisabeth Shue, claro.


Azar de títulos


"Knocked Up" de Judd Apatow está quase a estrear. Será em Outubro e, de acordo com este blog, vai-se chamar "Um Azar do Caraças". Acho que não vale a pena estar aqui a fazer o post a gozar com as traduções de títulos para filmes, mas o que mais me irrita é sentir que há um estranho plano estratégico de marketing para as comédias americanas, como se quanto mais palerma e básico for a frase mais pessoas palermas e básicas vão ver o filme (porque se assume, e com razão, que há mais pessoas palermas e básicas no mundo). Queria terminar lembrando-me da tradução portuguesa de "Clerks 2" de Kevin Smith, mas acho que de tão má que era o meu cérebro apagou-a totalmente...


22.8.07

Mau Postal é um Bom Postal


Confesso que ainda duvidei que o passatempo desse frutos assinaláveis, sobretudo quando tenho bem presente esse prodígio enciclopédico chamado "Boring Postcards".
Independentemente da ideia não ser nova, o pedido do Pedro Aniceto (há muito o anjo da guarda do meu Mac) abria espaço para algumas novidades e, apesar do primeiro postal ser ainda o meu preferido (bolas, havia tanto para dizer sobre este), a colheita de Agosto tem sido generosa e, meu Deus, o que se passa no Algarve para se produzir tamanhas obras-primas? Tenho pena não ter as minhas férias nesta altura, senão teria procurado a minha particiação. Não percam o desfile até ao final do mês.

+ O Pior Postal do Verão


Joy Control


É um dos mais aguardados filmes do ano para quem gosta de cinema, para quem gosta de música, para quem gosta de Joy Division, para quem idolatra Ian Curtis, para quem gosta de Anton Corbijn, e para quem acumula os gostos acima. A estreia do fotógrafo e realizador de vídeos no mundo das estreias em sala é logo com um dos mais esperados biopics modernos, agora que Kurt Cobain já está tratado. "Control" tem um fisicamente convincente Ian Curtis (Sam Riley) e as primeiras reacções críticas em festivais dão esperança à obra, que estreia algures entre Setembro e Outubro por essa Europa fora.
Curiosidade para alguns - menos que os fãs de Joy Division, é certo - é a montagem do filme estar a cargo de Andrew Hulme, dos O Yuki Conjugate. Vejam o trailer.

+ Trailer


21.8.07

Woody Allen 2007

Talvez a ausência de humor seja a particularidade mais notória do trailer, e consequentemente do filme, de Woody Allen para 2007, ainda antes do tal filmado em Barcelona com Scarlett e Penélope. Há que esperar por ambos...



20.8.07

17.8.07

"It's Always Sunny In Philadelphia"


Não vou conseguir escrever muito neste post porque o acontecimento é solene e gelou-me as extremidades. Todo o meu sangue foi convocado para uma zona do cérebro que está neste momento fechada para uma saborosa pool party. Motivo? Celebrar o anúncio de uma terceira temporada de "It's Always Sunny In Philadelphia". Perderam as outras duas? Então perderam uma sitcom de humor doentio que se encosta a "Arrested Development" ou a "South Park" com a maior lata do mundo. Dia 13 de Setembro há mais, então, mas hoje mesmo a página do MySpace já tem um episódio - será Mac um serial killer? Todos os seus amigos pensam que sim, claro. Mais um clássico. Absolutamente imperdível.

(Juro-vos que melhor que isto seria saber que "Frisky Dingo" também regressaria à TV. E foi por isso que esta semana foi a melhor semana de sempre e Setembro será o melhor mês de sempre.)


Estreia: "Ratatouille"


Conta-se que Brad Bird - o realizador de "The Incredibles" - foi chamado de urgência para liderar o projecto "Ratatouille" e tentar salvá-lo do ponto morto onde se encontrava (a ideia nasceu em 2000). Os resultados estão à vista, por muito que a Pixar - e a Disney, que joga sempre a cartada silenciosa mais sonora - não seja uma empresa que se deixe facilmente perder no terreno: coesão narrativa, boa disposição mas fuga hábil ao humor fácil, e mestria e ritmo de realização muito, muito acima da média. Numa altura em que as animações tridimensionais aparecem de 2 em 2 meses, é fácil notar que a Pixar ainda lidera o mercado com uma ambição de fazer cinema que nenhuma outra parece querer possuir. Quem sentir falta dos gags pode sempre ver as curtas-metragens que antecedem os filmes - "Lifted" é, antes do "Ratatouille", mais uma pequena obra-prima da Pixar.

+ Trailer


"Robot Chicken"


Um dos principais estandartes da Adult Swim - programação nocturna do Cartoon Network dos EUA - iniciou nesta semana a sua terceira temporada. Criada por Seth Green ("Buffy", também faz a voz de Chris em "Family Guy"), "Robot Chicken" é uma transfiguração de alguns hits da cultura popular dos últimos trinta anos - embora seja mais de quase tudo o que já esteja enraízado: cinema, música, video-jogos, religião, televisão, brinquedos, gossip, etc. Durante dez minutos - duração perfeita - o nosso cérebro programa-se para um zapping pré-estabelecido onde o humor se alcança pela componente do exagero e da subversão gratuita (mmnham!). É um dos muitos trunfos de um canal com raros programas abaixo do muito bom. Falaremos mais - e muito - deles noutra altura. Por agora deixo um dos mais famosos sketches de "Robot Chicken", "The Tooth Fairy": um mimo do drama familiar fantástico - baseado num caso real.

16.8.07

David Caruso


Abençoado You Tube e abençoadas pessoas com imenso tempo livre. Alguém se deu ao trabalho de pegar numa série de one liners que David Caruso lança ao longo dos episódios de CSI Miami e transformá-las num excelente vídeo com o tema dos Who a fazer de drum beat depois de cada frase do actor. Hilariante até ao ponto de exaustão.


Em jeito de prolongamento da piada, uma imitação de Jim Carrey no programa do Letterman aos momentos de génio de Caruso: